3 temas e 10 aprendizados relevantes tratados no Web Summit Rio 2023

Érico Fileno
14 min readMay 8, 2023

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Imagem gerada pelo Midjourney.

No período de 1 a 4 de maio de 2023, foi realizada a primeira edição do Web Summit na cidade do Rio de Janeiro. Este evento é considerado o maior evento de tecnologia e inovação do mundo, de acordo com o próprio site do evento. No entanto, o foco deste artigo está nos temas abordados durante o evento e como eles me fizeram refletir sobre o estado atual da inovação no mundo. Vale ressaltar que, apesar de ser um evento de grande porte, com um público maior do que o da Campus Party no Brasil, o Web Summit apresenta temas mais maduros. Por essa razão, eu o considero uma versão mais adulta da Campus Party.

Tendo em vista o tema da inovação, venho trabalhando nessa área há bastante tempo e tenho acompanhado várias ondas de transformação. Algumas dessas ondas eu “surfei” e outras apenas observei passar, no entanto, sempre me esforcei para compreender o impacto dessas mudanças na sociedade e nos negócios.

Neste artigo, gostaria de abordar três grandes temas que surgiram durante a minha participação na primeira edição do Web Summit no Brasil e que são inter-relacionados: Metaverso, Inteligência Artificial e ASG (sigla em português para Ambiental, Social e Governança). O Metaverso foi um tema que, pela minha lente, ficou esquecido, enquanto a Inteligência Artificial e o ASG foram os grandes destaques do evento. Foram apresentadas diversas palestras e projetos sobre Inteligência Artificial e ASG. Vale ressaltar que, no decorrer do texto, adotarei o termo ASG em português, para facilitar a compreensão da pessoa leitora.

  1. Metaverso

Foi surpreendente constatar que pouco se falou sobre o Metaverso no Web Summit. Se houve alguma menção, foi de forma tão discreta que, talvez, tenha passado despercebida por mim. Não me considero um grande entusiasta dessa tendência. Afinal, acompanho as ondas tecnológicas há décadas e, para quem presenciou a febre do “Second Life”, o Metaverso tem um gosto de “comida requentada que ficou na geladeira”. Como na época, ainda falta uma proposta de valor clara e tecnologias acessíveis para permitir uma interação livre de obstáculos. Na minha opinião, trata-se apenas de mais uma tentativa das empresas de tecnologia de emplacar uma plataforma e lucrar com isso. Para o segmento de Games, o Metaverso faça mais sentido na construção de imersões digitais para o cenário de um jogo, mas a grande questão é: em que medida o Metaverso resolve problemas da humanidade?

Embora o tema tenha ganhado força durante a pandemia venho percebendo que vem perdendo atenção - a OMS declarou, em 5 de maio de 2023, o fim da pandemia global. Atravessamos um período triste da nossa história recente, mas pude sentir uma grande animação no Web Summit em torno do reencontro entre as pessoas. Para mim, a melhor lembrança desse evento foi o abraço e a risada compartilhados com amigos antigos e novos conhecidos. Nada pode substituir o contato humano olho no olho!

É claro que respeitamos todas as vidas perdidas durante a pandemia, mas o fato é que as pessoas estão agora se reconectando pessoalmente, carentes de contato humano. E as empresas também estão repensando seus modelos de trabalho, gerando muitas discussões em torno de questões como o modelo híbrido de trabalho, o número de dias em casa e no escritório, quais tipos de trabalho se adaptam melhor ao modelo remoto ou presencial, se é possível manter a produtividade com apenas 4 dias úteis, entre outras. Muito está acontecendo nesse sentido e, por enquanto, a discussão sobre a “realidade digital” esfriou, o que é bom. Talvez essa discussão fique para um futuro mais distante!

Imagem gerada pelo Midjourney.

2. Inteligência Artificial

A Inteligência Artificial (IA) foi uma das principais estrelas do evento e era mencionada em praticamente todas as palestras, mesmo que o tema não fosse diretamente relacionado. O ChatGPT foi frequentemente citado como exemplo, e muitos pareciam se considerar especialistas no assunto. No entanto, a última tarde no palco Criatiff trouxe um grande alívio para mim, pois discutimos a Inteligência Natural e a importância do fator humano nas relações e transformações do nosso planeta.

A palestra de Carol Delgado, intitulada “Is the future female?”, ressaltou a relevância das pessoas que sangram em trazer as mudanças que precisamos neste século. Acredito nessa perspectiva, mas é necessário lembrar que as tecnologias são criadas por nós e precisamos nos lembrar de nossa humanidade e do poder transformador que temos para construir uma sociedade mais justa e sustentável.

3. ASG

ASG é uma sigla que representa Ambiental, Social e Governança em português. Às vezes, você pode encontrar a sigla ESG (em inglês), que aborda o mesmo tema. No evento, houve muita discussão sobre as letras “A” e “S”. Neste texto, vou me concentrar no aspecto Ambiental, que foi um dos tópicos mais abordados pelas grandes empresas presentes no evento. Muitas discussões giraram em torno de acelerar a agenda ambiental, mas gostaria de trazer uma reflexão: não podemos mais falar apenas em sustentabilidade. Desde a década de 1950, o consumo de bens e o impacto da humanidade sobre o planeta Terra aumentou exponencialmente. Precisamos falar sobre uma agenda regenerativa. Para ter uma ideia mais aprofundada sobre o tema Ambiental, recomendo uma visita ao Museu do Amanhã, na Praça Mauá, no Rio de Janeiro, que oferece uma excelente aula sobre o tema. Mas, em relação ao serviço do museu, se precisarem de uma consultoria, me chamem, pois há muitas oportunidades de melhorias na experiência do visitante.

Em relação ao aspecto Social, ouvi muitas discussões durante o evento, mas observei poucas ações práticas. Bastava olhar ao redor para perceber que havia poucas pessoas negras presentes. Encontrei algumas iniciativas sociais no espaço dedicado ao Empreendedorismo, mas foram poucas em comparação com a dimensão da população negra do Brasil. Um alerta para os organizadores do evento: não há inovação sem diversidade. No Brasil, onde 54% da população é negra, segundo o IBGE, precisamos nos questionar sobre o que estamos fazendo para reverter esse cenário.

Por fim, sobre os temas Inteligência Artificial e ASG, gostaria de compartilhar alguns aprendizados que adquiri durante esses quatro dias de evento, sob minha ótica e baseados em reflexões sobre o que observei e ouvi.

Imagem gerada pelo Midjourney.

Abaixo seguem 10 aprendizados do Web Summit Rio 2023 que merecem sua atenção:

1. Inteligência Artifical não é herói e nem vilão

Eu sempre vejo novas tecnologias como ferramentas que podem nos ajudar a avançar como sociedade, mas também podem nos afetar negativamente. Durante o Web Summit Rio 2023, observei que a Inteligência Artificial (IA) é tratada como uma ferramenta poderosa na grande revolução do trabalho que estamos vivendo. A pandemia nos obrigou a repensar o nosso modelo de trabalho, e a IA pode ser uma aliada para isso: ela pode fornecer insights para soluções dos desafios globais da humanidade.

No entanto, precisamos avaliar cuidadosamente o uso da IA, já que somos nós que habitamos este planeta. Durante o evento, também foram discutidas as oportunidades de negócios que a IA pode criar e como ela está transformando as relações humanas. Ética e transparência foram destacadas como fundamentais no desenvolvimento e implementação dessas ferramentas em nosso dia a dia.

Devemos ter em mente que a IA afeta a vida de todos nós, e, por isso, é essencial garantir que seu uso seja ético e transparente. No passado, discussões sobre mapeamento genético e clonagem humana foram muito controversas, e o mesmo pode ocorrer com a IA. Precisamos encontrar um equilíbrio entre a discussão sobre produtividade em nossas vidas e o impacto da IA na sociedade.

2. Ética deve fazer parte do nosso dia a dia

Discussões mundiais sobre mapeamento genético e clonagem há décadas geraram uma pressão global para regulamentar as pesquisas e tudo o que estava relacionado a esses temas. Da mesma forma, a regulamentação é necessária para novas tecnologias, especialmente a inteligência artificial, uma vez que uma das características em ascensão é a descentralização, promovendo uma sociedade mais P2P (Peer-to-peer, ou, em português, pessoa para pessoa).

A internet nos ensinou que ela não é e nunca foi apenas uma rede de computadores. A internet trata de conectar pessoas por meio de dispositivos eletrônicos chamados microcomputadores em uma rede distribuída (com alguns nós de controle governamentais e privados). Com os avanços e melhorias nessas tecnologias e protocolos, estamos caminhando para novas camadas — começamos em uma Web 1.0 focada em informação, onde os buscadores se tornaram os grandes líderes dessa fase. Estamos vivendo a Web 2.0, focada em interatividade e participação, onde as redes sociais se tornaram as protagonistas. No entanto, estamos nos preparando para a Web 3.0, na qual cada pessoa se torna produtora de conteúdo e geradora de valor para a rede, com uma nova configuração baseada em tokens que se transformam em novas moedas de troca em uma nova economia em ebulição. Até o capitalismo está sendo questionado!

Por isso, a discussão sobre ética para o novo século precisa se concentrar em novos valores. No Web Summit, falou-se muito sobre o respeito às informações das pessoas, autenticidade dos dados, direitos autorais, compartilhamento, produção de notícias falsas e economia mais sustentável. No entanto, muitos outros temas precisam entrar nessa pauta ética, principalmente aqueles que tratam das relações humanas na sociedade e nossa relação com o planeta.

Imagem gerada pelo MidJourney.

3. Ser digital não basta, pois não devemos esquecer nossa essência humana

A tecnologia digital tem suas raízes no surgimento dos chips e na programação binária das máquinas, que utiliza os dígitos 0 e 1. No entanto, o futuro da tecnologia aponta para o fortalecimento da computação quântica para suportar a inteligência artificial, que demandará supercomputadores capazes de processar volumes imensos de dados.

Assim, no novo século, não basta ser um homo digitalis — conectado o tempo todo — mas precisamos nos reconectar com nossa essência de homo humanus e redescobrir a importância da nossa sociedade, da nossa ancestralidade e do nosso respeito pelo planeta em que vivemos. Embora tenhamos discutido muito sobre esses temas, precisamos agora vê-los aplicados na prática.

4. Construir futuros desejáveis.

As novas tecnologias, incluindo a Inteligência Artificial, são os grandes impulsionadores da construção do nosso futuro. No entanto, precisamos entender qual futuro desejamos para as próximas gerações. A trilha Creatiff e alguns Masterclasses trouxeram essa importante discussão sobre o tema, porém no palco principal o formato e o tempo de discussão se mostraram insuficientes para sua relevância.

Pensar no futuro não se resume apenas à tecnologia. É preciso pensar nas pessoas e em suas relações sociais e afetivas. Como já mencionei anteriormente, enfrentamos uma pandemia global e o planeta Terra está sinalizando através de desastres ambientais que estamos em crise. A OMS alerta que as doenças mentais, em especial a depressão, serão a grande enfermidade do século XXI.

Diante disso, é crucial questionar: que futuro desejamos construir? Como disse Mahatma Gandhi na primeira metade do século passado: “Seja a mudança que você quer ver no mundo”.

Imagem gerada pelo Midjourney.

5. Nem tão rápido, mas nem tão devagar

O termo Agilidade, que ficou associado à rapidez devido ao processo de desburocratização no desenvolvimento de sistemas digitais, agora é tratado como alinhamento com o timing de mercado. No entanto, durante o evento, surgiu uma crítica importante que associa o poder da criatividade como uma vantagem competitiva nos negócios. Refletindo sobre isso, recorro ao livro “Rápido e Devagar: Duas Formas de Pensar”, do Nobel de Economia Daniel Kahneman, que coloca em xeque a ideia de que nossa tomada de decisões é essencialmente racional. A criatividade esteve em destaque no palco do Web Summit Rio 2023 como uma maneira de integrar intuição e acaso nos negócios. Para entender melhor esses dois termos, recomendo o livro “O Andar do Bêbado”. Vale lembrar que o pensamento criativo/intuitivo e o pensamento analítico/racional trabalham em equilíbrio para orientar o trabalho da pessoa designer.

Apesar da aceleração dos últimos anos, muitos fatores têm mostrado que a humanidade precisa tirar o pé do acelerador para poder olhar pela janela e ver o que está acontecendo no mundo. Gostaria de ter ouvido mais sobre esse tema durante as apresentações do evento, pois as discussões foram muito rasas e limitadas a clichês.

6. O poder do branding e da experiência

A palavra “experiência” foi mencionada diversas vezes nas apresentações, mas um tema em particular chamou minha atenção: o poder do branding resultante da jornada do cliente, que é mais importante do que o canal utilizado. Esse é um tema que me interessa muito, pois trata basicamente de design de serviço e da centralidade do consumidor. Como disse o palestrante Tiago de Mello: “Para o cliente, não importa o canal, é tudo sobre a marca. Portanto, devemos colocar o cliente no centro e pensar na sua jornada de compra individualizada”.

A construção de uma marca passa pela construção de uma boa jornada de serviço, com inúmeros pontos de contato (touchpoints) projetados para proporcionar uma experiência positiva ao cliente. Esse tema foi discutido nas apresentações e em algumas startups que estão oferecendo ferramentas e soluções para o comércio omnidigital, integração do mundo digital e físico, hiperpersonalização por meio da inteligência artificial, engajamento de clientes por meio de influenciadores e consumidores, fortalecimento do comércio local e alinhamento de propostas de valor entre os participantes da rede de comércio.

Imagem gerada pelo Midjourney.

7. Passamos de facilitadores para orquestradores

Um dos tópicos que mais se destacou na conferência foi o fortalecimento da Creator Economy (Economia das Pessoas Criadoras de Conteúdo), em que se valoriza o poder da audiência e a habilidade de influenciar uma rede em prol de um tema específico. Além disso, somando ao contexto da inteligência artificial (IA), todos passam a ser Prompt Designers, projetando com auxílio da tecnologia e orquestrando a inovação por meio de serviços, produtos e processos.

Contudo, é importante considerar que a atuação da IA no ambiente de trabalho pode trazer turbulência às configurações de empregos, pois muitas funções podem ser automatizadas. Como observou o palestrante Alex Collmer, “a IA não vai eliminar empregos, mas sim afetar a empregabilidade de profissionais que decidirem não utilizá-la”. Assim, é essencial prestar atenção à educação tecnológica e à capacidade comportamental de encarar os novos desafios que surgem em nossas profissões.

Em resumo, a IA tem potencial para causar grandes impactos em setores que podem ser automatizados, digitalizados e personalizados em um curto período de tempo. Vale prestar atenção e tirar proveito, sempre com um olhar crítico sobre as novas tecnologias e como com elas podemos aumentar nosso repertório de ferramentas para orquestrar o processo de inovação.

8. É no coletivo que as coisas acontecem

Nos últimos anos, a economia em torno da internet tem dado espaço para um grande crescimento de trabalhos colaborativos e de cooperação entre organizações, e as empresas têm um papel fundamental nesse processo. Embora a pandemia tenha nos forçado a trabalhar remotamente e a usar ferramentas de interação online, estamos caminhando para um modelo híbrido que combina o melhor de ambos os mundos.

Essa abordagem híbrida vem impulsionando modelos de mash-ups, colaborações, inovação aberta e hackathons para a criação de novos produtos e serviços. O Brasil, com sua cultura criativa, tem um terreno fértil para que esses modelos prosperem e fomentar mais espaços de trocas, pode ser um papel importante das organizações.

Imagem gerada pelo Midjourney.

9. Smart City as a Service

Cidades inteligentes são um tema recorrente nas conferências sobre inovação, incluindo a Web Summit. No entanto, é importante olhar para a cidade como um grande ecossistema de serviços que permeia as pessoas por meio de uma governança participativa, muita tecnologia e intersecções com moradias, ações sociais, mobilidade urbana, economia e política pública. A Web 3.0 proporciona um caminho viável para obter mais segurança nas trocas de informações e criar novas formas de governança do espaço, contribuindo com o poder público e em fazer negócios na internet, como por exemplo, criar “moedas próprias” como NFTs.

Na Web Summit Rio, falou-se mais sobre tecnologias com foco em sistemas de monitoramento e mobilidade urbana, incluindo espaço aéreo e carros elétricos, que darão suporte para se pensar em uma cidade inteligente como uma plataforma de serviços. No entanto, infelizmente, houve pouca atenção nas camadas social e de governança, que são igualmente importantes.

10. Diversidade nas empresas é urgente

A diversidade é um fator crucial para a inovação nas empresas e organizações, e sua importância é cada vez mais evidente. No entanto, muitas empresas ainda não estão praticando uma política afirmativa de diversidade, o que é preocupante. O livro “A ascensão da classe criativa” de Richard Florida, que aponta os “Ts” de Talento, Tecnologia e Tolerância como elementos necessários para a inovação, precisa ser atualizado para incluir um “D” de Diversidade.

Durante o Web Summit Rio, a presença de pessoas negras foi notavelmente limitada, o que é preocupante, considerando que o Brasil é predominantemente um país preto e pardo. É crucial que o evento adote medidas afirmativas para garantir uma representatividade maior e mais significativa de pessoas de diferentes grupos étnicos e sociais. Além disso, a representação indígena foi meramente alegórica, demonstrando a necessidade de um maior respeito pelos povos originários desta terra chamada Brasil.

A diversidade não deve ser apenas um tema de discussão, mas uma prática efetiva nas empresas e organizações. É importante que as empresas criem políticas inclusivas para garantir uma maior representatividade em seus quadros de funcionários, e assim, impulsionar a inovação e o crescimento sustentável dos negócios.

Para encerrar este tópico sobre a importância da diversidade nas empresas, gostaria de pedir a ajuda do ChatGPT:

"A diversidade nas empresas é importante por várias razões. Em primeiro lugar, a diversidade traz perspectivas diferentes para a tomada de decisões e resolução de problemas. Quando há pessoas com origens, experiências e perspectivas diferentes trabalhando juntas, a equipe tem uma variedade de ideias e soluções para escolher, o que pode levar a decisões mais inovadoras e criativas.

Além disso, a diversidade também ajuda a garantir que a empresa reflita a diversidade da sociedade como um todo, o que pode tornar a empresa mais atraente para os clientes e consumidores que valorizam a inclusão e a diversidade. Isso também pode ajudar a aumentar a base de clientes e melhorar a reputação da empresa.

A diversidade também pode aumentar a produtividade e a satisfação dos funcionários, pois permite que as pessoas se sintam valorizadas e reconhecidas por suas habilidades e experiências únicas. Quando os funcionários sentem que são valorizados e têm a oportunidade de contribuir plenamente, eles geralmente trabalham com mais entusiasmo e comprometimento.

Por fim, a diversidade é importante porque é a coisa certa a se fazer. Todas as pessoas têm o direito de serem tratadas com respeito e terem oportunidades iguais, independentemente de sua origem, raça, gênero, orientação sexual ou qualquer outra característica pessoal. Ao promover a diversidade, as empresas demonstram seu compromisso com a igualdade e a justiça."

Imagem gerada pelo Midjourney.

Compartilho com vocês o que observei, escutei e vivenciei durante os dias do evento. Quero refletir sobre o que tenho aprendido, praticado e debatido em outras esferas. Acredito que é um ponto positivo termos um evento internacional de grande escala sendo realizado no Brasil. No entanto, há sempre espaço para melhorias em relação ao formato do conteúdo, organização dos serviços, diversidade de público e inclusão de todos, especialmente quando se trata de construir futuros mais desejáveis para a nossa sociedade. Encerro este relato com uma citação inspiradora de um designer que subiu ao palco do evento:

“Temos que formar uma sociedade que tenha a vida no centro e não o consumidor. Devemos trocar de alguém que consome (destrói) para alguém que usufrui.”
Fred Gelli

Obs: Utilizei o Midjourney para gerar imagens ilustrativas para meu texto. Essas são visões da máquina sobre indígenas, mulheres negras, evento criativo, apresentação sobre inovação e pessoas empreendedoras.

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Érico Fileno

Designer & Educator, +25 years of experience in several Fortune 500 companies. Pioneer in Design Thinking, UX, Service Design, and Interaction Design.